sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Gravidez vivida na Adolescência


É na Adolescência que se dá a puberdade, a qual consiste numa série de transformações físicas (e, consequentemente, psicológicas também), que transforma a criança num jovem, que será um adulto amanhã!
Há médicos que afirmam que a grande maioria dos adolescentes, entre os 15 e os 18 anos, quando começam a experienciar a sua sexualidade, não "fazem amor", mas sim sexo por puro desejo, erotismo e paixão. Ou seja, a sexualidade é vivida para realizar fantasias.
Mas cada adolescente é um ser diferente, com a sua personalidade e vivência!... Há adolescentes que vivem as suas paixões com extrema seriedade (o que fará com que o sofrimento seja maior no caso de uma ruptura de namoro).



Um aspecto indispensável a demonstrar a estes jovens é a importância da Contracepção.
Para muitos deles, a Contracepção é algo que faz parte do mundo dos pais, o que os faz acreditar que os impede na sua afirmação. Para outros, os métodos contraceptivos são incómodos e faz parecer-lhes a sexualidade como algo instrumental.
Tudo isto faz com que os médicos afirmem que, ao ensinar aos adolescentes a importância da Contracepção na sexualidade, não a devemos associar puramente como método que impede a procriação. Também devemos demonstrar-lhes como são importantes na prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), as quais podem deixar marcas e/ou feridas irreparáveis para o resto da vida!



A gravidez na adolescência não é um fenómeno novo na história da Humanidade. Em Portugal, e em muitos outros países no mundo, era considerado um acontecimento habitual no início do século XX - porque as mulheres se casavam muito jovens, muitas vezes aos 16 anos. No entanto, na actualidade, tem sido objecto de preocupação pelas repercussões de ordem psicológica, social e obstétrica que a gestação precoce pode impor à jovem mãe. Como tal, este tema tem recebido muita atenção quer por Psicólogos, quer por parte de outros médicos.
A grande maioria das jovens não terão desejado/planeado a gravidez, mas se em algumas lhes fragiliza a sua auto-estima, noutras lhes dá o estatuto de mulher adulta.
Nos livros e revistas onde este tema é retratado, geralmente são apontadas as consequências negativas deste fenómeno: responsabilidade excessiva precoce, alto índice de abandono escolar e diminuição das oportunidades de realização profissional, maior percentagem de divórcios, maior risco de complicações médicas para a mãe e para a criança, e maior probabilidade de abuso infantil.
Em Portugal, apesar de haver mais divulgação e uma crescente utilização de métodos anticoncepcionais, continuam a crescer os casos de gravidez na Adolescência, sendo que a taxa é duas ou três vezes superior à da maioria dos restantes países da Europa!

O que pode desencadear a Gravidez na Adolescência:
  • Incapacidade em assumir os desafios e as exigências da Adolescência;
  • Aceleração da maturação que pode deixar traumas;
  • Exclusão do grupo de amigos e/ou social;
  • Sequelas no caso de um abortamento mal pensado/planeado;
  • Sequelas no caso do bebé ser encaminhado para adopção, com ou sem consentimento da adolescente;
  • Confusões a nível familiar na disputa da tutela do bebé;
  • Rompimento do namoro ou, pelo contrário, torna-lo num vínculo obrigatório por causa do bebé;
  • Colocação de difíceis desafios à adolescente por parte da família;
  • Diminuição da auto-estima (quase que auto-destrutiva) e terríveis sequelas, sobretudo quando se trata de uma gravidez fruto de uma violação.



Resultados de um estudo feito por um grupo de Médicos:

Um grupo de Médicos realizou, há poucos anos atrás, um estudo em mulheres grávidas adultas e adolescentes, do qual resultaram conclusões que seria bom que as adolescentes tomassem conhecimento antes de iniciar a sua vida sexual.
A amostra de adolescentes comportava 30 grávidas (10 no 2º trimestre e 20 no 3º trimestre de gestação); na amostra das adultas também estavam presentes 30 grávidas (16 do 2º trimestre e 14 do 3º trimestre de gestação).
Eis, então, os resultados:
  • Idade: 
A idade-média das adolescentes é de 16 anos, e de 26 anos no grupo das adultas.
A idade-média dos companheiros das adolescentes é de 21 anos, enquanto que os companheiros das grávidas adultas tinham uma idade-média de 29 anos.
Daqui se pode concluir que o pai do bebé da adolescente já não é, na grande maioria das vezes, um jovem adolescente.
  • Estado Civil:
A maioria das adolescentes são solteiras, enquanto que as adultas são, maioritariamente, casadas - como seria de esperar;
  • Habilitações Literárias:
A maioria das adolescentes tem o 9º ano, enquanto que a maioria das adultas completou o 12º ano - poucas tinham estudos académicos.
Deste modo, estes dados levam-nos a pensar na possibilidade de insucesso escolar nestas jovens;
  • Actividade Profissional:
Metade das adolescentes são estudantes, a outra metade são domésticas; as adultas são, maioritariamente, empregadas.
Constatou-se, ainda, que as grávidas adolescentes, quando se tornam mães, acabam por vir a ter empregos precários e pouco qualificados, enquanto que as grávidas adultas têm uma actividade profissional melhor;



  • Ansiedade e Auto-estima:
As grávidas adolescentes apresentam níveis de ansiedade significativamente superiores aos das grávidas adultas, e níveis de auto-estima inferiores.
Obviamente, estes valores devem ser ainda mais alarmantes em casos de violação e de grávidas adolescentes abandonadas pelos respectivos pais dos seus bebés.


Jovem, por favor, previne-te quando tens relações! Goza a vida ao máximo, mas com juízo! Sê mãe apenas quando o projectares para ser!
Mas, se já estás grávida e procuras um ombro amigo, tens aqui alguém que te apoia sem recriminações!

Vídeo sobre a Gravidez na Adolescência:

Este vídeo foi feito por adolescentes, o que eu acho, na minha opinião, que dá ainda mais valor à mensagem que eles querem transmitir. Não são actores profissionais, dá para perceber, mas o vídeo tem todo o crédito para ser visto pelos leitores do meu Blog!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tabaco: um perigo para a Grávida e para o Feto


Todos nós sabemos que o tabaco faz mal à saúde! Quem fuma tem maior probabilidade de morrer de Cancro do Pulmão ou de Enfarte Cardíaco.
Que riscos corre o seu bebé se continuar a fumar durante a gravidez?
Quando fuma, o Monóxido de Carbono e a Nicotina são transmitidos ao bebé pela sua circulação sanguínea, reduzindo a quantidade de Oxigénio e de Nutrientes que o feto necessita.
Quanto mais cedo largar o tabaco, melhor será para o seu bebé. Tente convencer também o seu parceiro a deixar de fumar ou, pelo menos, a não fumar perto de si, para que o seu bebé, quando nascer, não se torne um fumador passivo.
As crianças cujos pais são fumadores sofrem mais frequentemente de doenças respiratórias, dos ouvidos e da garganta.

Riscos para o bebé:
  • Baixo peso à nascença;
  • Aborto, nascimento prematuro ou parto de nado-morto;
  • Morte súbita do bebé (após o nascimento) devido a atrasos no crescimento e anomalias renais.


Sugestões para deixar de fumar:
  • Em vez de pegar num cigarro, faça algo que lhe dê prazer e que a distraia: dar um passeio, por exemplo;
  • Mantenha as mãos ocupadas, fazendo malha, ou pintando...
  • Pense no dinheiro que passará a poupar se não fumar;
  • Use locais para não-fumadores em espaços públicos;
  • Procure apoio para deixar de fumar no Centro de Saúde.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Viajar durante a gravidez


Geralmente, viajar não é perigoso durante a gravidez, mas é algo que tem que ser planeado cuidadosamente.
Os meses mais adequados para viajar são os do 2º trimestre, visto que o seu corpo já se terá habituado à gravidez.
Se pretende viajar nos últimos meses da sua gravidez, deve perguntar ao(à) médico(a) se corre perigo de ter um parto prematuro.
A maioria das companhias aéreas não transporta grávidas no último mês de gestação. E, já agora, fique a saber que o detector de metais, usado nos Aeroportos, não é prejudicial para o seu bebé!

O Cinto de Segurança no Automóvel:

O cinto de segurança é muito importante, mas não pode ser colocado por cima da barriga da mãe, pois, em caso de acidente, tanto ela como o bebé correm perigo. A maneira correta consiste em usar a correia diagonal entre os seios, e a correia da cintura abaixo da barriga.
Se viaja muito de carro, talvez seja boa ideia adquirir um cinto especial para grávidas.




Conselhos para Grávidas Viajantes:
  • Se viajar muito de carro, pare de vez em quando para caminhar um pouco;
  • Durante uma viagem de avião longa, estique as pernas frequentemente e dê alguns passos;
  • Use roupas confortáveis;
  • Use sapatos fáceis de calçar e descalçar, pois os seus pés poderão inchar durante a viagem de avião;
  • Não tome comprimidos para enjoos sem antes consultar o seu médico;
  • Faça viagens curtas se for sozinha no 2º ou 3º trimestre de gravidez;
  • Leve consigo qualquer coisa leve para comer e água para beber;
  • Se pensa ausentar-se muito tempo, procure um(a) médico(a) local que a possa acompanhar;
  • Leve sempre consigo o seu Boletim de Saúde da Grávida, e todos os exames que fez;
  • Se viaja de carro, tenha em atenção a posição do cinto de segurança.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Relaxe e descontraia na Gravidez!


Atualmente é comum ouvir-se falar acerca do Stress, o qual pode ser prejudicial para a sua gravidez. Pode desencadear estados de inquietação, insónias e depressões.
Quanto à sua vida diária, rodeie-se de um clima de tranquilidade durante toda a gravidez. Evite discussões e descanse longe do barulho, ouvindo música relaxante. Acredita-se que o bebé ouve os sons exteriores a partir do 5º mês de gestação, e proporcionar-lhe esses momentos de harmonia é bom para ele.
Quanto à sua vida laboral, acredita-se que quando as mulheres grávidas continuam a trabalhar, sentem mais confiança e estabilidade. Mas, quando o cansaço físico dificulta a sua atividade, ou quando as exigências emocionais forem excessivas para si, fale acerca disso com o seu médico, que lhe poderá conceder Baixa Médica.
Existem casos em que se torna necessário ter acompanhamento psicológico.
O certo é que uma das maneiras mais eficaz de lidar com o Stress é aprender a descontrair-se.
Existem atividades e exercícios de relaxamento que a ajudarão a libertar-se do Stress: a meditação, o ioga, as massagens, os passeios a pé, ver televisão, ir ao teatro e/ou ver um bom filme.


Dúvidas acerca da Maternidade:

A Maternidade é, sem dúvida, uma das mais maravilhosas experiências que uma mulher pode viver. Mas, da mesma forma que surgem sentimentos de ternura, também aparecem o receio e o temor que deixam a grávida confusa. Estas alterações devem-se às intensas secreções hormonais.
Fale com o seu médico. Se for necessário, poderá ter apoio de um(a) psicólogo(a), que fará sentir-se melhor, e isso é benéfico para o seu bebé!

Exercício de Relaxamento:
  1. Deite-se no chão, com as pernas um pouco afastadas e com a cabeça e ombros encostados a uma almofada, de modo a que não fique com as costas na horizontal (prejudica a circulação sanguínea no bebé);
  2. Assente os braços no chão ao longo do tronco, e estique os dedos;
  3. feche os olhos e tente não pensar em nada;
  4. Descontraia todos os músculos do seu corpo, até os sentir lassos e pesados;
  5. Respire lentamente através do nariz, enchendo os pulmões de ar;
  6. Expire suavemente pela boca;
  7. Repita este exercício até se sentir totalmente relaxada.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A vida sexual na Gravidez


Gravidez não é sinónimo de abstinência sexual! Conheço caso de mulheres que, assim que souberam que estavam grávidas, condenaram os maridos à abstinência sexual!
Não se deve modificar a sua vida sexual só porque está grávida, a não ser que tenha indicações médicas para a abstinência sexual.
As relações sexuais muito próximo do nascimento do bebé ajudam a acelerar o trabalho de parto, pois o esperma contém uma substância, a Prostaglandina, que estimula as contracções do Útero. Mas este efeito apenas se faz sentir no Colo do Útero já pronto para dar à luz! Se ainda não for a altura certa, a Prostaglandina não tem qualquer efeito para o trabalho de parto.
O sexo não prejudica, em nada, o seu bebé. Não provoca aborto porque o bebé está bem protegido pela bolsa amniótica e pelo líquido nela contido.
No entanto, é verdade que a vida sexual do casal não é a mesma durante a gravidez!...
Nos primeiros 3 meses de gestação, muitas mulheres perdem um pouco o apetite sexual. Pode ser uma normal reação às mudanças hormonais que se estão a processar no seu corpo. Se sentirem muitos enjoos e sofrerem de fadiga, é compreensível que não tenham vontade de ter relações sexuais!
Passado o 1º trimestre, até pode acontecer que sinta mais vontade de ter relações sexuais (até mais do que antes da gravidez!).
Nos últimos tempos da gravidez é normal que essa vontade volte a decrescer devido ao volume crescente da zona abdominal da mulher que pode tornar a prática de sexo algo desconfortável.
Também o seu parceiro terá de se adaptar à nova situação!
Certos homens consideram o facto de a sua parceira estar grávida sexualmente excitante. Outros há que experimentam uma diminuição da líbido ao serem confrontados com as mudanças físicas da mulher durante a gravidez, ou porque se sentem rejeitados quando a parceira sente falta de vontade de ter relações sexuais, ou porque têm um medo inconsciente e irracional de que possam magoar o bebé!
Se nota qualquer tipo de problema a nível sexual, é importante que os discuta com o seu parceiro. Se possível, leve-o a uma breve sessão de esclarecimentos sobre este tema com o seu médico.
O sexo durante a gravidez poderá reforçar a intimidade e a sensação de união que já antes sentiam.



Como é óbvio, não é forçoso que tenha de haver penetração nas relações sexuais! A estimulação oral e/ou manual poderá conduzir ambos a atingir o clímax. As carícias, os abraços, os beijos e as massagens mútuas poderão também proporcionar uma satisfação sexual plena.
Para que se sinta confortável durante as relações sexuais, talvez tenha de experimentar novas posições com o seu marido/companheiro: poderão, por exemplo, deitar-se ambos de lado.
O(A) médico(a) poderá aconselhar a limitar a frequência ou mesmo evitar as relações sexuais quando:
  • já sofreu mais do que um aborto nos primeiros meses de gravidez;
  • se verificam hemorragias durante a gravidez;
  • já teve mais do que um parto prematuro;
  • sofre de alguma infeção na vagina;
  • o Colo do Útero se abre antes do tempo ou ameaça entrar em trabalho de parto antes do tempo;
  • sofre dores na pélvis;
  • se tiver verificado perdas de líquido amniótico.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Consulta sobre Genética: quando é necessária?

Existem casos em que é necessário fazer uma Consulta sobre Genética para contribuir no alívio da preocupação e incerteza de poder vir a ter um bebé doente. Ou seja, esta consulta é necessária quando:
  • Já se deu à luz um filho com uma deficiência;
  • Existem doenças hereditárias no seio familiar (sobretudo por parte de um dos pais do bebé);
  • A mulher tem mais de 35 anos de idade;
  • A mulher já sofreu abortos por mal-formação no embrião.
Terá que ser encaminhada pelo(a) médico(a) assistente para esta consulta.


Análises sanguíneas para despiste bioquímico:

É muito provável que na Consulta sobre Genética lhe seja feito, ou aconselhado a fazer, uma análise sanguínea para despiste bioquímico, cujos resultados, em conjunto com os dados ecográficos, permite calcular o risco de ter um bebé afectado com uma determinada anomalia, uma das quais a Trissomia 21 ou Síndrome de Dawn.
Esta análise pode ser realizada entre a 10ª e a 13ª semana de gravidez, sendo esta última ideal por ser mais abrangente na avaliação de risco de doenças como a Espinha Bífida.
Neste exame é avaliada a concentração de uma proteína no sangue da mãe, a Alfafetoproteína (AFP). Se a concentração for muito elevada, pode indicar Espinha Bífida no feto - trata-se de uma mal formação congénita do Sistema Nervoso Central.
A AFP é produzida pelo feto, pelo que é normal que exista no sangue da mãe em pequenas quantidades. Quando o nível de AFP é um pouco mais elevado do que o normal (Mas que não indique a presença de anomalias), pode significar que a gravidez é mais avançada do que se supunha, ou que a mãe está à espera de gémeos.
Quando há a suspeita de Espinha Bífida, torna-se necessário fazer Ecografias mais completas e uma Amniocentese com vista a confirmar/negar a suspeita.
Um nível muito baixo de AFP poderá significar que a gravidez ainda não está tão avançada como se esperava ou, mais raramente, poderá também indicar a presença de Síndrome de Dawn.


Amniocentese:

Este exame é, normalmente, realizado entre as 14ª e a 18ª samanas de gestação. Antes dessa altura não há líquido amniótico em quantidade suficiente.
Com uma agulha oca, que perfura o abdómen da mãe, sob anestesia local, e a ajuda do aparelho ecográfico para ver onde se situa o bebé, é retirado da bolsa amniótica um pouco do líquido que esta contém. As células contidas neste líquido são multiplicadas e analisadas em laboratório, fornecendo esclarecimentos sobre alterações anormais das substâncias genéticas, bem como o sexo do bebé.
A grande desvantagem deste exame está no facto de demorar cerca de 2 semanas para se saber os resultados, o que implica que a gravidez já irá bastante avançada e que já se sentirão os primeiros movimentos do bebé, resultando daí um espaço de tempo demasiado longo de ansiedade, medo e esperança.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

As Ecografias durante a Gravidez


A Ecografia é uma técnica que permite efetuar vários exames com objetivos e indicações diferentes, conforme a altura da gravidez em que se efetua. Pode ser realizada por via vaginal e/ou abdominal (segundo a época da gestação e as condições), e permite a visualização do embrião/feto, placenta, líquido amniótico, cordão umbilical e estruturas pélvicas maternas.
Este exame pode informar acerca de possíveis anomalias morfológicas físicas, mas não de defeitos congénitos de natureza bioquímica, metabólica, genética ou cromossómica. Portanto, o resultado normal da Ecografia não dá garantia que o seu bebé nasça sem doença ou atraso mental - é duro, mas infelizmente é verdade...
A Ecografia permite uma avaliação indireta do bem estar fetal, não sendo possível obter certezas dos seus resultados. Outras avaliações são necessárias, mas têm o mesmo tipo de limitações.
Deve esclarecer qualquer dúvida que tenha sobre as Ecografias com o(a) médico(a) no local do exame ou na consulta obstétrica.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Em forma e beleza durante a Gravidez

Especialmente durante a gravidez, é importante que a futura mamã se sinta bem consigo e com o seu corpo. Eu conheço grávidas que começam a sentir-se fragilizadas perante os seus maridos/companheiros porque se acham gordas!


Beber bastante água estimula o metabolismo e faz bem à pele, tornando-a mais elástica e livre de impurezas. Também é bom massajar o corpo com óleo ou creme hidratante - há médicos(as) que aconselham colocar cremes gordos anti-estrias sobretudo na barriga (e seios também), para ajudar a evitar que a pele "estale" com o constante crescimento do bebé dentro do Útero que, inevitavelmente, estica a pele da barriga.
O corpo da futura mamã vai mudar consideravelmente, pelo que é essencial começar por aceitar bem essas mudanças, sentindo-se bela e resplandescente - Sim! As mulheres são lindíssimas quando estão grávidas!
Mas não é só em termos físicos que se deve preparar... também o deve fazer psicológicamente...
O medo da dor de parto é um exemplo daquilo que pode perturbar psicológicamente a grávida. Sendo assim, é essencial que a futura mamã saiba pormenorizadamente tudo o que se vai passar durante a gravidez e na altura do nascimento. Se estiver bem informada, ajuda a que não se surpreenda/assuste e fará com que antecipe reacções, dando-lhe confiança e tranquilidade.
A prática de exercício físico atribui bem-estar no período gestacional, e ajuda a ter um parto mais tranquilo. Os exercícios melhoram a circulação sanguínea, relaxam, aumentam a capacidade pulmonar e garantem energia extra à futura mamã.

Desporto durante a Gravidez:

A prática de uma actividade desportiva durante a gravidez é, com certeza, benéfica, pois faz com que se sinta melhor e apresente melhor aspecto físico.
Os músculos são fortalecidos e alguns incómodos da gravidez (prisão de ventre e fadiga) podem ser atenuados. Para além disso, a actividade desportiva ajuda a suprimir as tensões físicas e emocionais. Se estiver físicamente em forma, tem mais probabilidades de ter uma gravidez sem complicações e um parto mais fácil.
Mas a prática de desporto na gravidez requer, obviamente, bom senso: Não se obrigue a fazer algo que não lhe apetece, e pare para descançar se sentir necessidade disso. Poderá consultar o seu médico quanto à actividade física que melhor se adapta ao seu caso.

Fitness:

Se participava em aulas de Aeróbica de Fitness antes de estar grávida deve, antes de mais, consultar o seu médico para saber se este desporto é aconselhável para si. Se não o considerar perigoso, informe o(a) Técnico(a) Responsável acerca da sua gravidez.



Andar de Bicicleta:

Se continua a proporcionar-lhe prazer, então poderá andar de bicicleta até aos últimos meses de gravidez, mas em terreno plano e a um ritmo moderado.
Se o seu médico detectar em si vestígios que possam indiciar um aborto ou um parto prematuro, arrume a bicicleta a um canto!

Jogging:

Se já tem por hábito praticar Jogging, então poderá continuar a fazê-lo durante a gravidez.
Não se ponha, porém, a correr maratonas e não se canse demasiado ou aumente excessivamente a temperatura corporal.
Beba muitos líquidos, e use soutien de desporto e sapatilhas com solas almofadadas.

Ténis:

Se já jogava antes de ficar grávida, poderá continuar a fazê-lo, mas sem se esforçar demasiado!

Patinagem e Esqui:

Não é consensual as opiniões quanto à prática destas actividades desportivas na gravidez.
Pessoalmente considero perigosas devido aos saltos e, sobretudo, à possibilidade de quedas aparatosas que podem pôr em risco a vida do bebé.


Natação:

A Natação é um desporto bastante recomendável durante a gravidez, pois fortalece os músculos e os pulmões.
Existem cursos de Natação específicos para mulheres grávidas.

Equitação:

Existem mulheres que continuam a particar Equitação durante a gravidez. No entanto, este desporto é considerado arriscado devido à possibilidade de acidente, o qual pode desencadear um aborto ou um parto prematuro.

Ginástica:

Quanto a este desporto, não o deve praticar no caso de se tratar de executar acrobacias, obviamente! Mas há ginástica propria para grávidas!
Se tiver a possibilidade de participar num curso de preparação para o parto, não hesite em fazê-lo! Ser-lhe-ão ensinados exercícios de relaxamento (que também poderá praticar em casa), formas de lidar com as dores de parto e, além disso, discutir-se-ão aspectos relativos à maternidade e paternidade, e terá a oportunidade de partilhar e obter apoio emocional de outras mulheres grávidas.


9 boas razões para praticar desporto durante a Gravidez:
  1. Actua no Sistema Cardiovascular da grávida, que nesse período tem um volume maior de sangue em circulação, e ajuda na oxigenação das células.
  2. Proporciona um estado de realxamento que é fundamental nesta fase. O organismo está a ser submetido constantemente a situações naturais de stress e emoções.
  3. Ao fazer exercício, adquire uma maior percepção do seu corpo, o que fará com que compreenda melhor as transformações que estão a ocorrer consigo, se sinta mais segura e esteja mais preparada para o parto.
  4. Ajuda a queimar calorias, impedindo que engorde além do necessário.
  5. O corpo em movimento garante um melhor funcionamento dos intestinos, que durante a gravidez e pós-parto costumam ficar "preguiçosos".
  6. Aumenta a sua capacidade pulmonar e também ajuda a controlar o ritmo da respiração.
  7. Fortalece os músculos das pernas e da barriga, favorece o bom posicionamento da Coluna e ajuda a suportar melhor o peso do bebé.
  8. Com a musculatura fortalecida, o seu desempenho no momento da expulsão do bebé no parto será melhor. Além disso, a recuperação pós-parto é mais rápida.
  9. Dá mais flexibilidade ao corpo e também contribui com uma dose de energia extra. A boa forma física deve ser uma meta a alcançar para todas as futuras mamãs.


Conselhos para a prática de Desporto durante a Gravidez:
  • Se não estiver em forma, deverá começar suavemente e aumentar de intensidade pouco a pouco;
  • Pratique a actividade desportiva que lhe dê mais prazer, desde que não seja desaconselhado pelo(a) médico(a);
  • Faça exercícios de aquecimento antes de iniciar a sua actividade desportiva;
  • Deve ingerir líquidos para compensar as perdas em suor;
  • Use um bom soutien de desporto;
  • Evite os movimentos bruscos, saltos e situações em que tenha de aplicar muita força;
  • Goze períodos de descanço suficientes e jamais teste os limites da sua capacidade de esforço;
  • Termine imediatamente a sua sessão de exercício físico assim que notar dores, quebras de tensão ou hemorragias, e consulte o seu médico.



O risco de um Aborto:

Se já sofreu um aborto, ou deu à luz um bebé prematuro, ou teve complicações nesta gravidez, deverá praticar exercício físico com muita moderação.
A certas mulheres o(a) médico(a) poderá mesmo desaconselhar a prática de qualquer tipo de exercício físico.